Era noite. A friagem e a chuva deixavam a pele arrepiada. Permanentemente arrepiada.
As luzes eram um espetáculo à parte. As fantasias de cores e texturas desfilavam. Apenas beleza.
O som era denso. Ritmos em uma profusão deliciosamente harmônica. Movendo cada fibra do corpo, num ritmo frenético e irresistível.
No meio da profusão de sons, cheiros e luzes uma máscara especial. Irresistível. O mundo se resumia ao azul e branco. O marinheiro valsava pela multidão. Navegava pelo mar de gente comum.
E num segundo me avistou.
Aquele dia o sol nasceu mais cedo. Ou foi a noite que passou como um segundo?
O raiar do sol evola a sedução da noite. E o que fica no ar é apenas lembrança. Lembrança do azul e branco.
