Então o azul. Simplesmente o azul.
Profundo, sim o azul do mar.
O mar infinito, complexo, irresistível.
Ondas anciosas e envolventes.
Indefinível, muito maior que qualquer abstração ou conjectura.
Mergulhou.
domingo, 26 de setembro de 2010
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
O Céu
Era uma noite fria. Um lampejo o fez enveredar por aquela rua. Sempre o acaso. Carrasco ou amigo. Um pouco dos dois. Aquela rua o deteve por mais tempo que o comum. E ao esperar olhou para o céu. Estrelado, como sempre. Mas naquela noite era diferente. O brilho das estrelas o tirou de sua impassividade habitual. Sim, as estrelas brilhavam, e como eram belas.
Sorriu, pois todas elas brilhavam. Agradeceu a Deus, pois o céu é eterno, e todas as estrelas sempre brilharão.
Sorriu, pois todas elas brilhavam. Agradeceu a Deus, pois o céu é eterno, e todas as estrelas sempre brilharão.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Eu sei que vou te amar.
Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente, eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Prá te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida
Tom Jobim/ Vinícius de Moraes
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente, eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Prá te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida
Tom Jobim/ Vinícius de Moraes
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Catalisador
Catalisador é toda e qualquer substância que acelera uma reação, diminuindo a energia de ativação, a de fomação do complexo ativado, sem ser consumido pela reação. Saindo exatamente como entrou.
Algumas reações demoram anos, ou não se processam sem o auxílio do catalisador.
Pode um composto, depois de tantas transformações sair extamente como entrou? Não, definitivamente.
Algumas reações demoram anos, ou não se processam sem o auxílio do catalisador.
Pode um composto, depois de tantas transformações sair extamente como entrou? Não, definitivamente.
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Epílogo I
A face gelada contemplou o ardor do fogo.
A dor ao derreter é o preço para ser lapidado.
Finamente lapidado.
Improvável, mas deveria acontecer.
Apenas a chama mais forte conseguiria fazê-lo.
Díspares titãs, caminhos cruzados ao acaso.
Mas que nunca mais se afastarão.
O destino nunca erra.
A dor ao derreter é o preço para ser lapidado.
Finamente lapidado.
Improvável, mas deveria acontecer.
Apenas a chama mais forte conseguiria fazê-lo.
Díspares titãs, caminhos cruzados ao acaso.
Mas que nunca mais se afastarão.
O destino nunca erra.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
O Passarinho
Havia no reino um menino. Um certo dia, cismou que queria um canário. Pra quê? Perguntavam alguns. Porque quero, dizia resoluto. Vários a venda, belíssimos. Belas penas, canto, mas não servia.
Passeando pelo bosque, avistou um passarinho. Era tão diferente. De longe não dava pra ver que suas asas já tinham sido quebradas. Seu olhar era triste, por trás da barulheira que fazia.
Passou um dia, dois, e aquela lembrança não saia da cabeça. Aquele passarinho o tinha cativado de uma maneira impossível de definir, e de fugir.
Juntou seu melhor estilingue, e algumas borrachinhas, pra não machucar. E foi a caça. Era péssimo de mira, mas tentou. Lá estava o passarinho, com seu péssimo canto. Ao vê-lo, bateu uma dúvida. Seria ele capaz de cuidar do passarinho? Saberia cuidar de suas asas quebradas, e alimentá-lo? Então correu, como nunca tinha corrido. Disse a si mesmo que outro menino seria muito melhor para o passarinho que ele, e nisso acreditou.
No outro dia, devolta ao bosque, percebeu que o passarinho estava com uma fitinha na pata. Alguém a havia colocado ali. Mas as asas continuavam quebradas. Por que não usar a fitinha para curar as asas? Não entendeu.
Neste dia percebeu que saberia cuidar dele. E se arrependeu de ter duvidado disso, mesmo que por um segundo. O estilingue não funcionaria, pois nunca o manejaria com o passarinho. Não o queria para uma gaiola. Mas voando ao seu lado.
Pensou nas formas de cativá-lo. Alpiste talvez? Não só alpiste. A fome não era latente, mas sim as asinhas quebradas. Tentou curá-las. Nem todo dia o passarinho ficava no mesmo galho. As vezes pulava para um muito alto, onde o menino não conseguia escalar. A árvore era muito dura, e machucava as mãos do menino.
Não se importava, as mãos cicatrizam. Ver o passarinho com o olhar menos triste, já o fazia feliz.
Importava-se apenas com a fitinha. Ela apenas prendia os pés do passarinho! Se melhor colocada, poderia curar suas asinhas. Mas a intenção da fitinha era apenas marcar o novo dono, nada mais. Nem ao menos o embelezava.
E o menino esperou. Continuou com seu alpiste, com seu cuidado. A revoada de canários não detinha o seu olhar nem por um instante sequer. Só havia o passarinho com a asa quebrada.
Contam que ele esperou, até que a última linha da fitinha tivesse desaparecido. Só não contam o que aconteceu com o menino e seu amado passarinho...
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
O mais raro dos perfumes: Amor
Como respirar. Um brilho que acompanha cada sopro. Por ser tão tênue, tão delicado, adoraria segurar nas mãos. Cuidar para que nenhum mal machucasse, nenhuma lágrima jamais caísse. Estender um tapete, para que as primaveras não mais cortassem. Apenas emprestassem seu aroma ao amor.
A alquimia ainda não conseguiu sintetizar essa essência. Mas são essas as mais raras. Pacientemente melhoradas a cada dia.
A alquimia ainda não conseguiu sintetizar essa essência. Mas são essas as mais raras. Pacientemente melhoradas a cada dia.
Epílogo II
E num instante é tudo escuridão.
Não há sopro, nem toque.
No tempo que parece infinito, o nada estende suas asas.
Pode o sopro fenecer?
Não nesta terra.
Eis que resurge.
Absoluto, inundando de vida e sol.
Não há sopro, nem toque.
No tempo que parece infinito, o nada estende suas asas.
Pode o sopro fenecer?
Não nesta terra.
Eis que resurge.
Absoluto, inundando de vida e sol.
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