O início e o porquê.
O céu seria vão sem o amor.
É a lança que devasta, e o escudo intransponível.
Os mais poderosos já forjados.
O ar inebriante e pernicioso.
Irresisitível.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Nietzsche
Seria apenas mais um filósofo complexo, se não fizesse todo o sentido. É tão fácil apenas seguir. Se pautar em algo intangível e irresistivelmente confortante. Atribuir os infortúnios a algo imutável, predestinado.
Só se pode enxergar quando não há os confortáveis véus. Impedem a poeira, mas toldam a visão. E o anseio de ver tem apenas um resultado: a dúvida. A inquietação é inerente ao conhecimento. Não se analisa quando não se conhece. Como os albinos de uma caverna de névoa eterna, não conhecem as peles bronzeadas pelo sol. Nem o ar quente, que infla e queima os pulmões, habitualmente frios.
Mas, o ar quente é para ser sorvido, em doses cavalares. Afinal, o conhecimento é irresistível.
Só se pode enxergar quando não há os confortáveis véus. Impedem a poeira, mas toldam a visão. E o anseio de ver tem apenas um resultado: a dúvida. A inquietação é inerente ao conhecimento. Não se analisa quando não se conhece. Como os albinos de uma caverna de névoa eterna, não conhecem as peles bronzeadas pelo sol. Nem o ar quente, que infla e queima os pulmões, habitualmente frios.
Mas, o ar quente é para ser sorvido, em doses cavalares. Afinal, o conhecimento é irresistível.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Algodão
Embaixo das árvores, pairando no ar, um floquinho de algodão.
Acompanhou sua corrida, lado a lado. O vento levava o floquinho, que ululava , festivo e alegre.
Como era animado, todo dia o pequeno algodão fazia uma festa. Não importava chuva, sol ou mau humor. Sempre feliz.
O encanto singelo era irresistível. Não havia seriedade que resistísse à alegria tão pura.
Mas, num vento mais forte, o algodãozinho se despedaçou. E caiu aos fragmentos em suas mãos. Nada que pudesse fazer o juntaria. Chorou.
Amaldiçoou o amar. Gostava tanto, e nada o traria devolta. Por que amar? Se as coisas se vão, se elas se quebram e não há poder no mundo que possa juntá-las.
Esse pensamento durou apenas um segundo. Amar era a razão de viver. Uma vida sem amor seria apenas um espaço de tempo, vazia.
Olhou para o céu azul, para agradecer, afinal, amou e foi amado. isso já justificaria qualquer exixtência.
Sorriu, pois no céu havia uma nova nuvem, pequeninha, um floquinho de algodão.
Acompanhou sua corrida, lado a lado. O vento levava o floquinho, que ululava , festivo e alegre.
Como era animado, todo dia o pequeno algodão fazia uma festa. Não importava chuva, sol ou mau humor. Sempre feliz.
O encanto singelo era irresistível. Não havia seriedade que resistísse à alegria tão pura.
Mas, num vento mais forte, o algodãozinho se despedaçou. E caiu aos fragmentos em suas mãos. Nada que pudesse fazer o juntaria. Chorou.
Amaldiçoou o amar. Gostava tanto, e nada o traria devolta. Por que amar? Se as coisas se vão, se elas se quebram e não há poder no mundo que possa juntá-las.
Esse pensamento durou apenas um segundo. Amar era a razão de viver. Uma vida sem amor seria apenas um espaço de tempo, vazia.
Olhou para o céu azul, para agradecer, afinal, amou e foi amado. isso já justificaria qualquer exixtência.
Sorriu, pois no céu havia uma nova nuvem, pequeninha, um floquinho de algodão.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Alice
Num átimo acordou Alice. Respirou, e viu o sol. Sua missão estava dada. Escalar o monte mais alto. Lá encontraria o que tanto ansiava. Juntou em uma trouxinha seus parcos objetos e pôs-se a caminhar.
Ao lado do caminho corria o rio, lânguido e intermitente.Desejou que seu caminho fossem assim, traçado, sem mistérios. Nunca seria.
Atravessando o bosque, avistou uma rara joaninha. Ficou um tempo a contemplá-la. E o pequeno animal pulou para o seu bolso da frente, perto do coração, e seguiu viajem com ela. Sua companheira de viajem, sem a qual muitas vezes não teria forças de seguir em frente.
Para atravessar o rio, precisava aprender a nadar. Entrou na escola. Estudou muito, e por fim aprendeu. No dia da travessia, nada que tivesse aprendido na vida ajudaria.O rio é muito diferente de algo que possa ser aprendido.
A correnteza levava, e não sabia se sua força seria suficiente. Mas nadou. Vislumbrou a outra borda, e por fim conseguiu. Atravessar o rio foi só uma das fases. Faltava a montanha.
Ao pé da montanha, um jardim. Deslumbrante. Mil aromas e cores. E no centro de tudo, uma incomparável rosa azul. Fascinante, a mais bela de todas. E todo o jardim tornou-se uma rosa.
Então, passo por passo, pôs-se a subir. O esforço era atenuado pelo vento fresco.
Chegou. Após a jornada finalmente chegou. No topo, não havia nada. Apenas conseguia ver claramente todo o caminho. Sentou em uma pedra e olhou, sem pressa para o caminho e finalmente entendeu. A busca não era o objetivo, mas a jornada. As pedras que pisou, o vento que sentiu na sua pele. O amor e a amizade, as coisas que aprendeu. E a lapidação da sua mente, que era plena,e em franca expansão.
Após muito tempo, sorriu, sem as toneladas nas costas, que sempre carregou. E como era fácil a descida. Queria correr, pois agora entendia, que a vida deveria ser degustada, em cada instante, em cada face. Que cada segundo era único e tênue.
Antes certificou-se de que a joaninha estava bem agasalhada no seu peito. Se estava feliz e segura. Fora seu guia em cada segundo. E correu para o mundo de delícias, chamado vida
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Epílogo III
O tempo rege o destino
Ardem as chamas da guerra
O ódio queima tudo ao redor
Incessantemente
Sem o frescor do amor, nada restará
Ardem as chamas da guerra
O ódio queima tudo ao redor
Incessantemente
Sem o frescor do amor, nada restará
Não há luz ou escuridão
Só o fogo
Destroi, destroi.
Destroi, destroi.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Prefiro a eternidade
A beleza encanta. Enche os olhos, inebria os sentidos. Mas dura apenas algumas primaveras. Pouco a pouco se esvai, deixando o vazio, do tempo que já passou.
A efusividade anima. Preenche horas e silêncios, mas um dia se cala.
Alguns formatos são fabricados para durarem apenas uma estação. O material que os constitui não suporta as intempéries do tempo. Muito verniz, e pouca criação.
Por isso prefiro a eternidade. Prefiro a elegância das pessoas atemporais, que gestos e palavras cabem em qualquer estação. De princípios sólidos.
Prefiro a cultura. A erudição de seres refinados com o tempo. Alheios aos pacotes volúveis e efêmeros.
Mas são raros. Tão raros quanto bons. A elegância dos cavalheiros, e a maestria dos mestres.
Por isso prefiro a eternidade.
A efusividade anima. Preenche horas e silêncios, mas um dia se cala.
Alguns formatos são fabricados para durarem apenas uma estação. O material que os constitui não suporta as intempéries do tempo. Muito verniz, e pouca criação.
Por isso prefiro a eternidade. Prefiro a elegância das pessoas atemporais, que gestos e palavras cabem em qualquer estação. De princípios sólidos.
Prefiro a cultura. A erudição de seres refinados com o tempo. Alheios aos pacotes volúveis e efêmeros.
Mas são raros. Tão raros quanto bons. A elegância dos cavalheiros, e a maestria dos mestres.
Por isso prefiro a eternidade.
domingo, 3 de outubro de 2010
Ágape, o melhor presente.
Era um menino incomum. Características tão contraditórias não poderiam se juntar em uma única pessoa. Chegou no reino sem grande alarde. Apenas caminhava, passeava displicentemente, sem perceber a paisagem. Sem que a beleza o inundasse.
Foi então que o encontrou: Ágape. Foi encontrado por ele. Era a personificação do que havia de bom, do que havia de belo.
O rei o havia enviado para o menino. Afinal, não haviam cavalheiros como ele dentre a população. O melhor presente que poderia ganhar. Seria ele merecedor de tamanha honraria? Agradecia ao rei todas as noites pelo presente.
Aquela criança apenas se machucaria se caminhasse só. Era frágil demais, inocente demais.
Não mais caminhou só. Pois havia Ágape, a guiar seus passos, a cuidar de seu mundo, a ser seu mundo. Ele o guiava em seus braços, sem permitir que nada o machucasse. Mas, em toda a sua grandeza, fazia com que o menino se desenvolvesse, e vivesse a beleza do mundo. Mesmo que a beleza as vezes viesse com espinhos.
Então era feliz, pois havia a galáxia Ágape, que cuidava de seu pequeno coração, de seus pequenos pés. Ágape cuidava pela felicidade de ver o menino sorrir, uma alma tão bela e boa como nenhuma outra. De um cuidado altruista, uma magnitude impossível de entender por mentes comuns. Mas ele existia.
Toda noite o menino agradecia ao rei pelo presente. E agradecia a Ágape, por apenas existir. Obrigado.
domingo, 26 de setembro de 2010
O Mar
Então o azul. Simplesmente o azul.
Profundo, sim o azul do mar.
O mar infinito, complexo, irresistível.
Ondas anciosas e envolventes.
Indefinível, muito maior que qualquer abstração ou conjectura.
Mergulhou.
Profundo, sim o azul do mar.
O mar infinito, complexo, irresistível.
Ondas anciosas e envolventes.
Indefinível, muito maior que qualquer abstração ou conjectura.
Mergulhou.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
O Céu
Era uma noite fria. Um lampejo o fez enveredar por aquela rua. Sempre o acaso. Carrasco ou amigo. Um pouco dos dois. Aquela rua o deteve por mais tempo que o comum. E ao esperar olhou para o céu. Estrelado, como sempre. Mas naquela noite era diferente. O brilho das estrelas o tirou de sua impassividade habitual. Sim, as estrelas brilhavam, e como eram belas.
Sorriu, pois todas elas brilhavam. Agradeceu a Deus, pois o céu é eterno, e todas as estrelas sempre brilharão.
Sorriu, pois todas elas brilhavam. Agradeceu a Deus, pois o céu é eterno, e todas as estrelas sempre brilharão.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Eu sei que vou te amar.
Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente, eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Prá te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida
Tom Jobim/ Vinícius de Moraes
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente, eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Prá te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida
Tom Jobim/ Vinícius de Moraes
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Catalisador
Catalisador é toda e qualquer substância que acelera uma reação, diminuindo a energia de ativação, a de fomação do complexo ativado, sem ser consumido pela reação. Saindo exatamente como entrou.
Algumas reações demoram anos, ou não se processam sem o auxílio do catalisador.
Pode um composto, depois de tantas transformações sair extamente como entrou? Não, definitivamente.
Algumas reações demoram anos, ou não se processam sem o auxílio do catalisador.
Pode um composto, depois de tantas transformações sair extamente como entrou? Não, definitivamente.
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Epílogo I
A face gelada contemplou o ardor do fogo.
A dor ao derreter é o preço para ser lapidado.
Finamente lapidado.
Improvável, mas deveria acontecer.
Apenas a chama mais forte conseguiria fazê-lo.
Díspares titãs, caminhos cruzados ao acaso.
Mas que nunca mais se afastarão.
O destino nunca erra.
A dor ao derreter é o preço para ser lapidado.
Finamente lapidado.
Improvável, mas deveria acontecer.
Apenas a chama mais forte conseguiria fazê-lo.
Díspares titãs, caminhos cruzados ao acaso.
Mas que nunca mais se afastarão.
O destino nunca erra.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
O Passarinho
Havia no reino um menino. Um certo dia, cismou que queria um canário. Pra quê? Perguntavam alguns. Porque quero, dizia resoluto. Vários a venda, belíssimos. Belas penas, canto, mas não servia.
Passeando pelo bosque, avistou um passarinho. Era tão diferente. De longe não dava pra ver que suas asas já tinham sido quebradas. Seu olhar era triste, por trás da barulheira que fazia.
Passou um dia, dois, e aquela lembrança não saia da cabeça. Aquele passarinho o tinha cativado de uma maneira impossível de definir, e de fugir.
Juntou seu melhor estilingue, e algumas borrachinhas, pra não machucar. E foi a caça. Era péssimo de mira, mas tentou. Lá estava o passarinho, com seu péssimo canto. Ao vê-lo, bateu uma dúvida. Seria ele capaz de cuidar do passarinho? Saberia cuidar de suas asas quebradas, e alimentá-lo? Então correu, como nunca tinha corrido. Disse a si mesmo que outro menino seria muito melhor para o passarinho que ele, e nisso acreditou.
No outro dia, devolta ao bosque, percebeu que o passarinho estava com uma fitinha na pata. Alguém a havia colocado ali. Mas as asas continuavam quebradas. Por que não usar a fitinha para curar as asas? Não entendeu.
Neste dia percebeu que saberia cuidar dele. E se arrependeu de ter duvidado disso, mesmo que por um segundo. O estilingue não funcionaria, pois nunca o manejaria com o passarinho. Não o queria para uma gaiola. Mas voando ao seu lado.
Pensou nas formas de cativá-lo. Alpiste talvez? Não só alpiste. A fome não era latente, mas sim as asinhas quebradas. Tentou curá-las. Nem todo dia o passarinho ficava no mesmo galho. As vezes pulava para um muito alto, onde o menino não conseguia escalar. A árvore era muito dura, e machucava as mãos do menino.
Não se importava, as mãos cicatrizam. Ver o passarinho com o olhar menos triste, já o fazia feliz.
Importava-se apenas com a fitinha. Ela apenas prendia os pés do passarinho! Se melhor colocada, poderia curar suas asinhas. Mas a intenção da fitinha era apenas marcar o novo dono, nada mais. Nem ao menos o embelezava.
E o menino esperou. Continuou com seu alpiste, com seu cuidado. A revoada de canários não detinha o seu olhar nem por um instante sequer. Só havia o passarinho com a asa quebrada.
Contam que ele esperou, até que a última linha da fitinha tivesse desaparecido. Só não contam o que aconteceu com o menino e seu amado passarinho...
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
O mais raro dos perfumes: Amor
Como respirar. Um brilho que acompanha cada sopro. Por ser tão tênue, tão delicado, adoraria segurar nas mãos. Cuidar para que nenhum mal machucasse, nenhuma lágrima jamais caísse. Estender um tapete, para que as primaveras não mais cortassem. Apenas emprestassem seu aroma ao amor.
A alquimia ainda não conseguiu sintetizar essa essência. Mas são essas as mais raras. Pacientemente melhoradas a cada dia.
A alquimia ainda não conseguiu sintetizar essa essência. Mas são essas as mais raras. Pacientemente melhoradas a cada dia.
Epílogo II
E num instante é tudo escuridão.
Não há sopro, nem toque.
No tempo que parece infinito, o nada estende suas asas.
Pode o sopro fenecer?
Não nesta terra.
Eis que resurge.
Absoluto, inundando de vida e sol.
Não há sopro, nem toque.
No tempo que parece infinito, o nada estende suas asas.
Pode o sopro fenecer?
Não nesta terra.
Eis que resurge.
Absoluto, inundando de vida e sol.
domingo, 29 de agosto de 2010
Manhãs
Adoro as manhãs. A fase do dia onde tudo é possível. O tênue sol evola com qualquer tormento da noite passada. Os pensamentos e as verdades são frescos. Tudo é possível, e tudo é bom.
Detesto as tardes. Tudo é mormaço. O sol a pino transforma tudo em sufoco, em desconforto. A leveza se esvai com rapidez. As possibilidades parecem tão pesadas, difíceis. Mas, as tardes passam.
Pois chega a noite. Os gatos não são pardos. Não os interessantes. É possível vê-los com nitidez. A esta hora, a lua ilumina tudo, as verdades são cristalinas. Tudo se adensa, pouco a pouco. Cada vez melhor.
Então chega a manhã novamente. Se a noite não foi tormento, tem-se a felicidade. Mais um pedacinho de alegria, para guardar, em uma caixinha de veludo, sob o sol tênue da manhã radiante.
Não há talvez
Em um segundo, tudo muda. O monólito é pó. Mas, o desmoronar é apenas início. Quando o vento de um tufão arranca seus pés, é hora de se lançar. Nada é por acaso, a vida é um intrincado de linhas que deveriam se cruzar, absolutamente díspares, mas deveriam. Quando tudo é suspenso, a incerteza é palpável, e o medo também. A única certeza é a de seguir em frente. Quando o medo paraliza, o talvez aparece. Ícone da covardia. Apenas divagações do que poderia ter sido, caso algo fosse diferente. Como olhar por uma janela, onde nunca se toca as flores. Por isso abomino o talvez. Melhor se lançar com todas as suas forças. Lançar-se à suavidade das flores, ou a dor de seus espinhos. Mas a uma verdade, a uma certeza, sem talvez.
A vida é muito curta para ser pequena. Então busque, com o seu melhor. Pois é o verdadeiro sentido da vida. Buscar a felicidade, a qualquer preço.
A vida é muito curta para ser pequena. Então busque, com o seu melhor. Pois é o verdadeiro sentido da vida. Buscar a felicidade, a qualquer preço.
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