segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Prefiro a eternidade

 A beleza encanta. Enche os olhos, inebria os sentidos. Mas dura apenas algumas primaveras. Pouco a pouco se esvai, deixando o vazio, do tempo que já passou.
 A efusividade anima. Preenche horas e silêncios, mas um dia se cala.
 Alguns formatos são fabricados para durarem apenas uma estação. O material que os constitui não suporta as intempéries do tempo. Muito verniz, e pouca criação.
 Por isso prefiro a eternidade. Prefiro a elegância das pessoas atemporais, que gestos e palavras cabem em qualquer estação. De princípios sólidos.
 Prefiro a cultura. A erudição de seres refinados com o tempo. Alheios aos pacotes volúveis e efêmeros.
 Mas são raros. Tão raros quanto bons. A elegância dos cavalheiros, e a maestria dos mestres.
 Por isso prefiro a eternidade.

6 comentários:

  1. Eu prefiro a eternidade dos pequenos momentos...o tempo bem vivido se torna eterno!
    Complexo, muito complexo, mais que o complexo de golgi...huahuahauhaua Adorei o post.

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  2. KKKKKKKKK. Mais complexo que o mapa metabólico! Impossível.

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  3. Pessoas raras se atraem...

    Eu não tenho certeza mas acho que esse complexo mudou de nome, agora se chama Complexo Golgiense, é uma tendência de não se ter mais partes do corpo com nomes de pessoas, mas pra mim deu na mesma. kkkkkkkkkkkkkkkkk

    Excelente texto!

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  4. Ótimo texto,

    apresenta de forma poética como a aparência, jamais deve servir de modelo para uma qualidade correspondente a substância cognoscente, que caracteriza o Ser.

    Explicito na figura de "pessoas atemporais", realmente como sendo dotado desta qualidade.

    Ops: acho que fui longe de mais, mas parabéns pelo post.

    E adi mito, também prefiro a eternidade.

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  5. Parafraseando: a beleza não dispensa outras virtudes.

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  6. Anne

    Concordo contigo!

    A elegancia dos cavalheiros, a pureza dos gestos, o viver com poesia, as pessoas com sonhos e ideais, os valores sedimentados nos corações, tudo isso forma um contexto valoroso que merece a eternidade!

    Belo texto!

    Sensivel!


    gilberto (nel mezzo del cammim)

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